Discussões sobre a política do clube aumentam, e patrocinadora lança candidatura nesta noite
Por Felipe Zito e Thiago Ferri — São Paulo
A partir desta segunda-feira, as eleições do Palmeiras vão começar a tomar forma, já que Leila Pereira comunicará a conselheiros em um jantar que será candidata à presidência do clube em novembro.
Mas, além dessa movimentação, outros temas agitam os bastidores da política alviverde, desde as incertezas da oposição até a discussão sobre o retorno de Alexandre Mattos ao clube.
O nome do diretor de futebol que exerceu a função de 2015 a 2019 e hoje está desempregado tem sido frequentemente ligado a Leila. Muitos acreditam que se a patrocinadora vencer a eleição irá recolocar Mattos no cargo, diante da relação criada tanto com ela quanto com seu marido e também conselheiro, José Roberto Lamacchia.
Leila Pereira e Alexandre Mattos, em 2019, no Palmeiras — Foto: Cesar Greco
O próprio Lamacchia, porém, já comunicou em grupos com outros conselheiros que Alexandre Mattos não retornará com Leila, como publicou o Nosso Palestra. O ex-dirigente frequentemente comenta nas redes sociais de jogadores do Verdão, e na sexta até foi à concentração alviverde em Belo Horizonte, onde postou diversas fotos com os atletas palmeirenses.
A partir deste evento, pessoas próximas a Leila começaram a reforçar que Mattos não está nos planos para uma possível gestão a partir do fim do ano. Publicamente, Paulo Serdan, presidente de honra da Mancha Alviverde e ligado à conselheira e patrocinadora, já tinha dito que o diretor não retornará. Nos bastidores, Lamacchia reforçou o discurso.
Apesar do anúncio da candidatura nesta segunda, pouco se sabe sobre quem fará parte da chapa de Leila, inclusive sobre o nome que deseja colocar para comandar o futebol. Anderson Barros, que chegou ao clube no fim de 2019, tem contrato válido até o término da gestão de Maurício Galiotte e seu futuro está indefinido.
Os adversários de Leila Pereira, também, são incertos. O conselheiro Paulo Jussio já se colocou como candidato, mas é uma terceira opção, pois não foi escolhido pelo grupo de oposição, que conta com correligionários de diferentes alas, como dos ex-presidentes Mustafá Contursi e Paulo Nobre.
Saverio Orlandi, diretor de futebol na gestão de Affonso Della Monica e ex-membro do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF), articula para ser o nome da oposição, mas tem esbarrado nessas alas divergentes dentro do grupo contrário à gestão de Galiotte.
Pessoas envolvidas na escolha de um opositor acreditam que as negociações se intensificaram nos últimos dias, e a expectativa é cada vez maior pela definição nas próximas semanas por um nome de consenso.
Genaro Marino, ex-vice de Nobre e Galiotte, concorreu na última eleição, mas decidiu que não lançará candidatura dessa vez. Luiz Pastore (MDB), primeiro suplente do Senado Federal pelo Espírito Santo, foi um nome levado por Mustafá e o ex-presidente Arnaldo Tirone, só que não contou com apoio da maioria na oposição e perdeu força.
O processo eleitoral do Palmeiras exige o cumprimento de algumas etapas. A primeira delas é o registro das chapas e a votação no filtro do Conselho. Somente as candidaturas aprovadas por 15% do Órgão – cerca de 42 conselheiros – poderão participar da Assembleia de sócios, que definirá no mês de novembro o novo presidente do Verdão.
fonte:GE