Cruzeiro do Sul, Acre, 20 de abril de 2024 02:25

UPA da Sobral segue sendo referência para Rio Branco e região

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Missão: cuidar das pessoas com carinho e profissionalismo

Quando aparece um problema de saúde é para a Unidade de Pronto Atendimento da Baixada da Sobral que recorre o ex-seringueiro Raimundo Alcindo da Silva. Aos 82 anos, ele tem diabetes e sofre de uma pneumonia, mas o detalhe é que a sua casa está a mais de 26 quilômetros da UPA da Sobral, no município do Bujari.

A razão de alguém tão debilitado vir de uma distância relativamente grande é uma só: a confiança no serviço prestado na unidade de saúde que já é a maior de Rio Branco em volume de serviços, com média de 400 atendimentos diários, de segunda a segunda, nas mais variadas especialidades, chegando a 500 em determinados dias.

Diferente do que alguns blogs administrados por irresponsáveis divulgaram na sexta-feira passada, não faltam garrafas de oxigênio na unidade, muito menos médicos. Também não existem avarias no equipamento de raio-X.

A reportagem manteve plantão na unidade, entre a sexta-feira, 12, e o sábado, 13, e não constatou qualquer diferença no serviço que não fosse apenas a sobrecarga de atendimentos, justamente por ser a UPA da Sobral uma referência em saúde para 19 bairros, para dois grandes conjuntos habitacionais de Rio Branco e aos milhares de moradores da região da rodovia Transacreana.

Para quem atende a uma demanda de 52% da Atenção Básica, uma atribuição que é da Saúde municipal, é compreensível que as pessoas que procuram a unidade devam ter paciência para serem atendidas.

“A gente veio para cá, porque sabemos que aqui eles resolvem o problema. De outro modo, não teríamos o mesmo atendimento lá no Bujari ou nos postos de saúde do município”, afirma, categoricamente, Marivalda de Oliveira da Silva, de 34 anos, a cuidadora do seringueiro Raimundo Alcindo, que abre esta reportagem. Enquanto concedia entrevista, ela cuidava do idoso, que tomava oxigênio.

Na sexta-feira pela manhã, quatro ‘balas’, como são chamadas as garrafas de oxigênio, estavam à disposição dos leitos da Unidade, enquanto que outras 13 permaneciam no estoque, com uma estimativa de chegar mais 20 garrafas até as 3 horas da tarde, conforme mostrou para registro fotográfico pela reportagem, Carlos Cardoso, gerente-administrativo da UPA da Sobral.

No mesmo período de 24 horas – de sexta-feira para sábado –, dois médicos permaneciam atendendo no ambulatório, enquanto um terceiro seguia no serviço de emergência.

Atendimento com seriedade e profissionalismo

Cardoso diz que a preocupação da equipe da unidade com as pessoas é uma prioridade do planejamento diário. “Aqui cuidamos para que o estoque de medicamentos não seja prejudicado e a classificação de risco [que avalia a condição do paciente e o classifica segundo a prioridade de atendimento] é levada muito à sério por nossos profissionais”, ressalta.

Que o diga a dona de casa Rosângela Barroso, de 39 anos, que trouxe o filho, João Victor, 4 anos, para tratar de uma inflamação causada por um picada de inseto. Está internado, tomando soro e outros medicamentos num leito amplo e sob a observação de médicos e enfermeiros.

“É preciso que as pessoas confiem no atendimento e que tenham paciência por conta da demanda, pois quase tudo em Saúde, que não seja tarefa para médico especialista, se resolve”, afirma a dona de casa.

O auxílio de estudantes de medicina também permite impulsionar o atendimento. Neste fim de semana, pelo menos oito deles, de uma faculdade particular, permaneciam na unidade. Quando não estão realizando estudos práticos, eles auxiliam as equipes de atendimento.

O médico-residente Renato Veronez diz que as pessoas vão encontrar na UPA da Sobral o essencial para que possam, ou ser encaminhadas com segurança para unidades mais especializadas ou saírem satisfeitas.

“Não poderíamos dizer que temos como fazer todos os exames possíveis, mas temos, sim, um atendimento à altura do que merece a população”, ressalta o profissional.

Agência de Noticias do Acre