Por essa o senador Márcio Bittar não esperava e, como diz o ditado, “sabedoria demais vira bicho e come o dono”.
O senador brigou com meio mundo pelo direito de ter sob seu comando o PSL, o DEM e uma dezena de partidos para apoiar o presidente Bolsonaro nas eleições do ano que vem. Com isso, esperava ele, enfiaria goela abaixo sua ex-mulher Márcia Bittar candidata ao Senado.
Bittar pode “morrer na praia”.
O motivo da morte súbita dos devaneios do senador é que a cúpula do União Brasil decidiu que a única 3ª via possível nas eleições presidenciais de 2022 é a do ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, recém filiado ao Podemos do ex-presidente da Assembleia Legislativa, Ney Amorim.
O senador, enquanto isso, fazia campanha pra Márcia nas repartições públicas.
O partido pretendia lançar o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta ao Palácio do Planalto em 2022, mas ele deverá abrir mão da disputa. Filiado ao DEM, o nome de Mandetta havia sido aventado tanto pelo seu atual partido quanto pela legenda futura como opção viável para a disputa eleitoral, mas a entrada de Moro no jogo inviabilizou sua possível candidatura.
União Brasil surgiu da fusão do PSL com o DEM. A reunião da cúpula desta semana debateu os cenários para 2022. A avaliação foi de que o foco do novo partido não deve estar na tentativa da construção de uma candidatura própria à Presidência.
Estavam presentes na conversa Luciano Bivar, que será presidente do novo partido, ACM Neto, secretário-geral, Antônio Rueda, vice-presidente, o deputado Elmar Nascimento e Mandetta.
Mandetta deve ser candidato ao governo ou ao Senado no seu Estado, o Mato Grosso do Sul, por coincidência, o mesmo estado do casal Bittar, onde aliás, eles seguem fazendo seus investimentos financeiros, embora desfilem Acre a fora com camisetas declamando amor ao Estado.