Cruzeiro do Sul, Acre, 28 de março de 2024 07:07

Stanley Bittar é acusado de cometer falhas em procedimentos estéticos no Acre

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O sonho de uma professora de 33 anos de estar satisfeita com o próprio corpo acabou se tornando um pesadelo depois que a realização de um procedimento estético não apresentou o resultado positivo que ela esperava. A cirurgia plástica de mini abdominoplastia e mini lipoaspiração ocorreu em janeiro de 2018, em Rio Branco, na clínica de um dos médicos mais renomados do Acre, Dr. Stanley Bittar. A mulher, F.S.C, diz que após muito esforço conseguiu os R$ 10 mil para custear a cirurgia, mas viu seu corpo ganhar forma indesejada, deixando-a com baixa autoestima e causando-lhe diversos transtornos.

Um processo judicial envolvendo o caso tramita na 1ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco. A ex-paciente de Bittar pede indenização por danos morais, estéticos e materiais decorrentes do procedimento realizado, chegando ao valor de R$ 267.572,04 [dano moral de R$ 100 mil; dano estético de R$ 100 mil e dano material de R$ 67.572. 04].

Nos autos, assegurados pela advogada Helane Christina, consta que a professora ainda cogitou fazer o procedimento na Bolívia, mas aconselhada pela mãe, optou por fazer na própria capital acreana. Foi por meio das redes sociais que ela tomou conhecimento do trabalho do médico e perguntou se o mesmo seria apto para realizar o procedimento estético desejado. “A secretária informou que tinha um médico na equipe que realizava o procedimento. Foi então que marcou a avaliação na clínica”, atesta.

A avaliação ocorreu no dia 5 de janeiro do ano passado. No consultório, a denunciante ouviu do médico que “o procedimento seria simples e que o resultado seria excelente”. F.S.C também ressalta que Stanley lhe assegurou que a anestesia local seria o suficiente para realizar o procedimento. “(…) e como era tudo “mini”, seria realizado em sua própria clínica e não em um hospital”.

A mulher afirma que avisou Bittar sobre um problema com queloide – cicatriz que pode surgir por algum trauma, como, por exemplo, cirurgias. “E ele disse que faria aplicação de Triancinolona [ação anti-inflamatória] e ficaria tudo normal”.

O procedimento

Ao adentrar a sala onde seria realizado o procedimento, F.S.C conta que se deparou com o médico sozinho, somente com as assistentes. Ela afirma que questionou a respeito do outro médico, já que havia sido informada de que quem realizaria o procedimento seria outro profissional e não Stanley Bittar. Sobre isso, a mulher disse que ele “(…) desconversou e falou novamente que seria um procedimento simples e com anestesia local”.

A mulher relata que acordou no meio da cirurgia e sentiu um pouco de dor, por isso, Stanley Bittar teria a “apagado” novamente. Ao chegar em casa, assegura que foi deitar e algumas horas depois começou a sangrar. “Sangue tipo salmoura, onde sujou a cinta, lençóis e cama (…)”. Imediatamente ela entrou em contato com o médico e o informou o que estava acontecendo. “Ao chegar lá [na clínica] ele olhou a cirurgia e disse que estava tudo normal e que era assim mesmo”, conta.

Com o passar dos dias, F.S.C descreve que começou a achar que a cirurgia havia sido mal feita. Sua barriga passou a criar fibrose, estava flácida ao redor do umbigo e criando queloide. “A autora descobriu que o Requerido [médico] não era apto para realizar o procedimento e tão pouco dentro da sua própria clínica”, explica a advogada nos autos.

 

fonte:ac24horas