Cruzeiro do Sul, Acre, 25 de abril de 2024 22:25

Setembro Amarelo levanta discussão sobre suicídio

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O suicídio é um tema que gera discussões e se torna motivo de tabu e preconceito. Durante o Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio, essa questão vem à tona com maior frequência. A Organização Pan-Americana da Saúde e a Organização Mundial de Saúde apontam que mais de 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos.

Apesar do que comumente se pensa, a depressão não está necessariamente ligada ao suicídio. Fatores como doenças físicas, cansaço, transtornos mentais, brigas familiares, morte de um ídolo podem desencadear o ato. Há vários mitos sobre o assunto. Entre eles, falar que o suicídio acontece sem aviso. Muitos sinais podem comunicar que a pessoa possui comportamento suicida.

Ajuda profissional, com acompanhamento psicológico, é medida básica para a prevenção. O Serviço-Escola de Psicologia (Serspi), da Universidade Federal do Acre (Ufac), dispõe de plantão psicológico, grupos terapêuticos, atendimento individual e o projeto “O Ser Cuidado”. O plantão é de atendimento imediato, no momento da procura, e é voltado para as comunidades acadêmica e externa. No primeiro semestre letivo deste ano, 41 alunos foram atendidos.

O plantão pode servir para encaminhamento a “O Ser Cuidado”, que busca orientar pessoas que possuem queixa suicida ou que conhecem alguém com essa demanda. O projeto conta com seis terapeutas em formação, sob orientação da professora Patrícia Yano.

Ela conta que os sinais dados pelas pessoas que apresentam esse tipo de comportamento possivelmente podem indicar algo que gere alerta, mas que isso não deve ser tomado como regra. “O comportamento suicida está muito ligado à impulsividade. Não necessariamente quem apresenta alguns dos sinais está pensando em morrer”, explica. “Um comportamento suicida envolve pensamentos e atitudes a partir da temática.”

“O Ser Cuidado” cria uma rede de apoio que acolhe a pessoa e faz o encaminhamento médico para um profissional atuante. O projeto está em funcionamento há um ano, no campus-sede, bloco Francisco Bacurau, estacionamento H, em frente ao Setor Médico.

 

Como ajudar

Diante de uma situação de alerta, envolvendo indícios de suicídio, Patrícia Yano dá algumas dicas sobre o que falar para a pessoa. Por exemplo: “Há quanto tempo vem pensando nisso?”; “Estou aqui para te ajudar”; “Eu entendo que você não queira preocupar ninguém. Ainda assim, eu quero te ajudar. Isso vai me fazer bem”. E evitar frases como: “Pare com essa besteira!”; “Sua vida é tão boa! Pense que há pessoas em situação pior que você!” ou usar critérios religiosos para julgar a pessoa.

O Centro de Valorização da Vida, associação civil filantrópica, possui um número de telefone, o 188, que funciona 24 horas para pessoas que precisam conversar. O atendimento é sigiloso e gratuito a partir de qualquer linha fixa ou móvel.

 

Plantão psicológico na Ufac

 

Segunda-feira: das 8h às 11h

Terça-feira: das 8h às 11h

Quarta-feira: das 8h às 12h e das 14h às 17h

Quinta-feira: das 14h às 17h

(Caroline Lamar, estagiária Ascom/Ufac)