Segundo dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela instituição, obteve um aumento de 9,7% – com 83,6 pontos em janeiro de 2018 – em relação ao mesmo período do ano passado, e de 2,3% em relação a dezembro de 2016. Para o assessor da presidência para assuntos econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre (Fecomércio/AC), Alex Barros, as reformas estruturantes e o otimismo com os indicadores, apresentados ao final do ano passado, são alguns reflexos do aquecimento da economia.
De acordo com o estudo, porém, o resultado abaixo dos 100 pontos ainda indica uma recuperação lenta do otimista das famílias. Mesmo assim, vale ressaltar o único componente acima da zona de indiferença, o Emprego Atual, que chega a 109,6 pontos, o maior desde julho de 2015. O levantamento aponta que o subíndice registrou aumento de 0,3% em relação ao mês anterior e 4% na comparação com 2017. O percentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego atual é de 33,4%, ante 33,1% em dezembro.
“Juntado a isso, a intenção de consumo das famílias foi notabilizada na composição do PIB [Produto Interno Bruto], tendo em vista a ótica da demanda. A queda no endividamento das famílias, a inadimplência das famílias controlada e a concessão de crédito são fatores que impulsionam a intenção de consumo das famílias, que dão sinais claros da recuperação da confiança. A bem da verdade a recuperação ainda é tímida, mas notória”, reflete Barros.
Barros reitera que, no Estado do Acre, a Pesquisa Mensal do Comércio, indicador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), mostra, nos resultados com ajuste sazonal, o aumento das vendas em comparação com 2017. “Segundo o CAGED [O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados] o setor do comércio tem se recuperado e apresentou números positivos no final de 2017”, finaliza.
