Cruzeiro do Sul, Acre, 20 de maio de 2024 04:19

Prefeitura de Cruzeiro do Sul faz a primeira remoção de família alagada pelo rio Juruá

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A Prefeitura de Cruzeiro do Sul através da Defesa Civil, Secretaria Municipal de Gabinete Civil, Secretaria de Assistência Social em parceria com o Corpo de Bombeiros realizou na manhã deste sábado, 2, a remoção da primeira família desalojada pela enchente do rio Juruá deste ano.

 

A primeira família desalojada a ser levada ao abrigo da Escola Corazita Negreiros é de indígenas do povo Huni Kuin, regionalmente conhecidos como Kaxinawá que se mudaram há menos de um ano para Cruzeiro do Sul.

 

Josué Sereno da Silva Kaxinawá, 18, já estava há uma semana sem conseguir frequentar a aula, devido à enchente do rio.  “Tem uma semana que eu não vou para a escola. E agora de lá (do abrigo), vou poder voltar normalmente para aula. Para atravessar, tem que pegar catraia, que é R$2,00, para atravessar. E de ontem para hoje encheu muito. Eu dormi na casa do vizinho, cheguei e a casa já estava toda alagada”, contou.

 

Delcimar Leite Secretária municipal de assistência social pontuou sobre o acolhimento feito às primeiras famílias.

 

“Nossa equipe já está de plantão desde segunda-feira, aqui  na Corazita Negreiros e outras escolas. Já estamos com tudo organizado, kit de limpeza, a questão da alimentação já está tudo ok para estar dando todo o apoio, todo o auxílio às famílias” , pontuou.

 

Ney Williams, secretário Municipal do gabinete civil,

assegurou que o Plano de Contingência da prefeitura contempla todas as ações de apoio às famílias

 

“Nós hoje começamos a retirada das primeiras famílias e por determinação do prefeito Zequinha Lima, toda a  equipe está em ação já há uma semana.  Hoje, com a retirada das primeiras famílias, nós estamos já ocupando os nossos primeiros abrigos, dando todo o atendimento necessário. Aqui está a Secretaria de Assistência Social, a Defesa Civil, com toda a sua equipe. Estamos também trabalhando com a Secretaria Municipal de Saúde, que também está dando apoio a essas primeiras famílias que estão chegando aqui nos nossos abrigos. O nosso plano de contingência vai sendo adaptado conforme as necessidades das enchentes.Toda a equipe está de prontidão, todos os nossos secretários prontos aqui com o apoio do governo do Estado, Corpo de Bombeiro em especial, nesse primeiro momento”, explicou o secretário, também pontuando que o modelo de abrigo adotado para as alagações desde 2020 procura preservar a privacidade e intimidade das famílias.

 

“A gente tem esse modelo de abrigo implementado pelo prefeito Zequinha desde o seu primeiro ano de gestão. Cada família ocupa um espaço em separado, recebe alimentação, recebe água tratada,um kit de higiene, kit de limpeza. Então, nós estamos fazendo todo esse trabalho para que as famílias possam ter o maior conforto necessário, para que a saída das suas casas não seja tão impactante. A Prefeitura cuida de tudo com carinho, são assistentes sociais que vão acompanhar, é a Secretaria Municipal de Saúde que vai fazer a vistoria, estão aqui nos abrigos, elas vão se sentir acolhidas pela gestão”, afirmou

 

Ney destacou que o prefeito Zequinha Lima deslocou-se pessoalmente para as comunidades do Alto Juruá, onde também há famílias afetadas e a logística de apoio é mais desafiadora.

 

“É bom nós ressaltarmos que o prefeito Zequinha encontra-se pessoalmente visitando os rios Valparaíso, o rio Juruá Mirim, o rio Juruá também, ali em cima, com uma equipe de secretários, com uma equipe da defesa civil, prestando todo o apoio necessário pessoalmente àquelas famílias que precisam desse apoio da Prefeitura Municipal de Cruzeiro do Sul”, concluiu

 

A prefeitura de Cruzeiro do Sul, dispõe de equipe e efetivo de 10 caminhões e 15 barcos e lanchas para usar no socorro as famílias atingidas pela cheia do Rio Juruá, com cerca de 130 homens para acionar em caso de necessidade, contado com os parceiros como o Governo do Estado, Exército e Marinha.

 

O Rio Juruá alcançou 13,59 metros ao meio dia deste sábado, 2. As águas atingem  cerca de 2.650 famílias, que somam 7 mil pessoas em 11 bairros e 9 comunidades rurais.

 

Os bairros mais afetados são Lagoa, Várzea, Saboeiro, Cruzeirinho, São Salvador, Manoel Terças, Beira Rio, Várzea, Remanso, Cobal, Miritizal e Olivença.

 

Entre as Comunidades rurais mais afetadas estão: Laguinho, Florianópolis, Tapiri, Valparaíso, Boca do Môa, Mirim, Praia Grande, Estirão do Remanso e Estirão do São Luiz.

 

O número de famílias que tiveram de ser desalojadas, contudo, ainda é menor que nos anos anteriores, devido ao trabalho de levantamento das casas e retirada de outras realizada nos últimos anos pela prefeitura a partir de relatórios da Defesa Civil.

 

Aa escolas a serem usadas como abrigos são Margarida Pedreira, no Bairro da Cobal, Thaumaturgo de Azevedo, Bairro do Alumínio, Corazita Negreiros, no Telégrafo, Marcelino Champagnat, no  João Alves e Irmã Diana no Bairro Cruzeirinho Novo.

 

O prefeito Zequinha Lima já vistoriou as unidades de ensino. Junto com o governador Gladson Cameli, percorreu as áreas alagadas e assegurou às famílias, abrigo, alimentação e serviços social e de saúde nos abrigos.