Cruzeiro do Sul, Acre, 11 de maio de 2024 15:25

Polícia do Acre investiga se menina de 12 anos achada morta em rodovia era garota de programa

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Polícia vai investigar se houve negligência da família. Luzivania de Brito foi encontrada morta na segunda (26), na Estrada do Mutum.

 

Luzivania de Brito, de 12 anos, morava na casa de uma amiga e era garota de programa, de acordo coom a família  (Foto: Arquivo Pessoal)

Luzivania de Brito, de 12 anos, morava na casa de uma amiga e era garota de programa, de acordo com a família (Foto: Arquivo Pessoal)

A Polícia Civil de Rio Branco investiga a morte da adolescente Luzivania de Brito, de 12 anos, achada em uma rodovia de Rio Branco. O delegado do caso, Rafael Pimentel, disse ao G1 que recebeu a informação de que a menina era garota de programa.

Nesta terça-feira (27) familiares dela estiveram no Instituto Médico Legal (IML) e confirmaram que após a prisão da mãe, por tráfico de drogas, a menina passou a morar na casa de uma amiga e fazia programa. A menor foi encontrada na manhã de segunda-feira (26) por uma moradora da Estrada do Mutum, Rodovia AC-10.

Uma moradora sentiu um mau cheiro e acionou a polícia. O padrasto da adolescente foi até o IML, ainda na segunda, fazer o reconhecimento do corpo.

A polícia chegou a falar na segunda que a suspeita era de que a jovem tivesse sido morta a tiros, mas a perícia constatou que usaram uma arma branca para matar Luzivania.

“A mãe dela está presa e deixou ela em Xapuri. Estava morando com o padrasto dela, mas quando a mãe foi presa ela deixou o padrasto e foi morar com essa mulher. Não conheço essa mulher, não sei como era. Passava no Horto e ela estava fazendo ponto”, confirmou um parente que não quis se identificar.

Ainda segundo a família, Luzivania veio de Xapuri, interior do Acre, há três meses. Há um mês foi apreendida por furto e liberada no dia seguinte.

“Na delegacia falaram que ela fazia ponto lá [Horto Florestal]. Ela nunca foi de falar. Uma vez passei lá e vi ela. Voltei e perguntei o que ela estava fazendo. Disse que estava esperando o ônibus. Foi a última vez que a vi. Nunca vi essa mulher, não é nossa parente. Não sabemos o que aconteceu. Era normal ela passar de três a quatro dias sumida”, acrescentou.

Os parentes contaram que já avisaram os demais familiares no interior.

Delegado vai cobrar explicações da família

O delegado Rafael Pimentel disse que espera os laudos cadavéricos da jovem para saber se ela foi abusada sexualmente e qual o tipo de arma usada no crime. Ele disse também que vai ouvir parentes e testemunhas para descobrir a motivação e prender os responsáveis pela morte.

“Todas as linhas de investigação são apuradas. Já chegou para a equipe de investigação que ela era garota de programa”, complementou.

Pimentel disse ainda que a família precisa explicar como uma garota tão nova morava com desconhecidos e de que forma vivia.

“Quero saber se ela foi abusada, se foi execução ou se foi passional. Vou saber quando tiver os laudos. Estamos levantando os possíveis autores e testemunhas que possam ter visto algo. Os responsáveis pela garota vão ter que explicar em que local essa menina vivia. Vamos apurar se houve alguma negligência”, concluiu.

fonte:G1/Acre