Quem apostou que o senador Gladson Cameli não teria capacidade de dialogar, debater e ouvir os segmentos organizados governamentais e não governamentais, deu com os burros n’água. Diferente das críticas feitas no início do ano – Cameli tem tido a paciência de sentar e propor a elaboração conjunta de um plano de governo.
Esta peça, aliás, vem sendo formatada pelas mãos de grandes especialistas nas mais diversas áreas. No início da semana, o sindicato dos engenheiros do estado do Acre, entregou um documento elaborado por mais de 25 profissionais com propostas futuristas e exequíveis. A principal delas, diz respeito a resolução definitiva, na capital, dos pontos de alagamentos provocadas por enxurradas.
Nesta quarta-feira, foi a vez do pré-candidato dedicar a tarde inteira ao diálogo com representantes de associações e produtores rurais da Transacreana. Sentado, no meio de uma roda no salão cedido pela Igreja A-Seara de Deus, no bairro Plácido de Castro, em Rio Branco, Cameli ouviu por horas os reclames do setor. O maior deles: a recuperação de ramais.
Após rejeitarem uma proposta no mínimo indecente, do município, as associações foram apelar por recursos para garantir o escoamento de seus produtos. Segundo Raimundo Souza da Silva, o Raimundinho, que preside uma Comissão de representantes da região, Socorro Neri ofereceu uma patrulha mecanizada para recuperação de ramais, “sem óleo diesel, os produtores teriam de bancar esse custo”, informou Raimundinho.
O conteúdo do debate revelou o estrangulamento entre o setor produtivo e o governo do Acre e o próprio município. “Há três anos não se faz investimentos em ramais” acrescentou Raimundinho.
Prático, objetivo e muito bem informado, Cameli deixou claro o esforço da bancada federal para garantir um montante histórico de recursos, um total de R$ 94 milhões, para recuperação de ramais em todo o estado.
“É inadmissível que em pleno 2018 o estado não tenha tido a capacidade de garantir a contrapartida exigida pela Caixa Econômica Federal para os investimentos necessários como a construção de pontes e bueiros” comentou o senador.
Para não cometer os mesmos erros, em um suposto governo a partir de 2019, se assim a população do Acre entender, o pré-candidato após reconhecer a importância do setor produtivo para o desenvolvimento do estado, pediu a colaboração de todos os representantes de associações, na elaboração do seu plano de governo.
“A agricultura familiar é a verdadeira responsável pela produção de alimentos. Incentivar esses produtores, que já adotam sistemas mais sustentáveis de produção, é fundamental” disse o pré-candidato.
Quem assistiu Cameli discursar e ouviu sua proposta para o setor, saiu animado do encontro, prometendo propagar o que ficou conhecido como realinhamento de políticas públicas com a produção familiar, em toda região da Transacreana, maior extensão rural da capital.
Quem vem acompanhando a construção do Plano de Governo da Aliança formada por 12 partidos e encabeçada por Gladson Cameli, afirma que o documento será o grande diferencial nesta eleição. A coordenação desta proposta é nada mais, nada menos, do ex-reitor da Ufac, doutor em economia, professor Carlito Cavalcante.
fonte:Blogdoevandro
