Cruzeiro do Sul, Acre, 14 de maio de 2024 20:12

Jade vê evolução do Brasil no Mundial: “Saímos daqui deixando essa síndrome de vira-lata”

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on whatsapp
WhatsApp

Por Anselmo Caparica, Erica Hideshima e Marcos Guerra — Doha, Catar

Pela primeira vez o Brasil chegou perto de uma medalha por equipes em m Mundial. Chegou à última rotação da final de Doha na terceira posição nesta terça-feira, mas falhas nas barras assimétricas deixaram o país no sétimo posto. Apesar das falhas, Jade Barbosa ressaltou o duelo acirrado com as potências da ginástica artística, algo que antes era apenas um sonho.

– Acho que saímos daqui deixando essa síndrome de vira-lata que o Brasil tem. A gente chega na competição se achando um pouco menos que as meninas. Pela história que os outros países têm dentro da ginástica. A gente já construiu muito ao longo dos anos. Somos uma das equipes mais talentosas – disse a ginasta.

Equipe do Brasil no Mundial de Doha — Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Equipe do Brasil no Mundial de Doha — Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Jade Barbosa era uma caloura de 16 anos quando o Brasil pela primeira vez se colocou na elite com a quinta colocação do Mundial de 2007, ao lado de Daiane dos Santos, Daniele Hypolito e Lais Souza. O país até já havia se classificado para a decisão dos Mundiais de 2003 e 2006, mas foi em Stuttgart o primeiro grande resultado. De lá para cá, o Brasil ainda chegou à final nas Olimpíadas de Pequim 2008 e Rio 2016. No caminho para Tóquio 2020, Jade quer mais decisões.

– Não quero só chegar em 2020. Hoje em dia chegamos ao Mundial e somos reconhecidas, respeitadas de novo. Quanto mais compete, mais vai adquirindo experiência, mais preparada a equipe fica para 2020. Não tenho dúvida de que o pódio vai acontecer. É um sonho para mim que está encaminhado.

A evolução do Brasil como equipe tem explicação. Jade ressalta o trabalho da comissão técnica desde a Olimpíada do Rio de Janeiro, especialmente os toques de Valeri Liukin nos últimos meses. Lenda da ginástica e campeão olímpico como atleta e como técnico, o cazaque naturalizado americano atua como conselheiro da equipe brasileira, vinculado ao Comitê Olímpico do Brasil a princípio até o fim deste ano.

– O Brasil tem muito talento, tem meninas muito completas. O que falta é acreditar no trabalho. Não sou ingrata com os técnicos que tive, mas o método do Liukin é você confiar no que você está fazendo. Nós somos boas, muitas vezes a gente que não achou isso. É acreditar. Ainda não estamos fazendo 100% da nossa ginástica. Podemos muito ainda.

Valeri Liukin com a equipe do Brasil no Mundial de Doha — Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Valeri Liukin com a equipe do Brasil no Mundial de Doha — Foto: Ricardo Bufolin/CBG

No Mundial de 2019, que retorna a Stuttgart, o Brasil vai buscar um dos nove postos restantes para equipes femininas em Tóquio 2020 – Estados Unidos, Rússia e China já estão garantidos. Mas o Brasil pode mais ainda em Doha. Jade e Flávia Saraiva disputam a final do individual geral na quinta-feira. No sábado, último dia da competição, Flavinha compete no solo. O SportTV 2 transmite tudo ao vivo, sempre a partir das 10h (de Brasília).

fonte:Globoesporte.com