Cruzeiro do Sul, Acre, 14 de maio de 2024 23:27

Intenção de Consumo das Famílias apresenta queda de 1,3% em abril

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Segundo ICF, esta é a primeira vez desde setembro de 2017 que ocorre variação negativa no índice

Segundo dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) nesta última quarta-feira, 18, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) alcançou 86,9 pontos em abril de 2018, com queda de 1,3% em relação ao mês anterior. O assessor da presidência para assuntos econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre (Fecomércio/AC), Alex Barros, explica que, apesar da perspectiva do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em mais de 2,5% em 2018, a taxa de desemprego ainda seria um dos principais termômetros da economia.

Segundo ICF, esta é a primeira vez desde setembro de 2017 que ocorre variação negativa no índice. Comparando anualmente, ainda de acordo com o estudo, houve uma alta de 11,7%, de modo que a variação teria sido influenciada por alguns subitens, como o momento para a aquisição de duráveis e percepção das famílias quanto à perspectiva profissional.

Quanto a esta perspectiva profissional, Barros relembra que, para o ano de 2018, a taxa de desemprego era de 11,9%. “Cresceu, em fevereiro, para 12% e, agora, no mês de março, atingiu 12,5%. Isso, por si só, já é um dos fatores para essa retratação registrada”, explica, alertando, ainda, que, aliado a isso, há o “temos do consumidor em adquirir produtos para um pagamento em prazo mais elástico.

Outro fator de relevância, ainda de acordo com o assessor, seria a dificuldade que o consumidor tem em acessar crédito. “Segundo pesquisa divulgada pelo IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística], por meio da PNAD Contínua [Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), a renda do brasileiro sofreu redução, o que leva, automaticamente, à redução de consumo”, diz.

Barros reitera, ainda, que pesquisa realizada ainda no mês de abril pela Fecomércio/AC mostra que 86% dos entrevistados estão com 50% da renda comprometida nos próximos seis meses. “O que indica uma redução no poder de compra”, finaliza.