Cruzeiro do Sul, Acre, 18 de abril de 2024 19:48

Idoso que esfaqueou taxista após jogo de baralho pega 6 anos de prisão e vítima se diz insatisfeita: ‘ estou doente até hoje’

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on whatsapp
WhatsApp

Crime ocorreu em 2016 próximo ao Mercado Elias Mansour, em Rio Branco. Vítima diz que sofre com sequelas até hoje e ainda não se recuperou.

 

Suspeito comprou faca em mercantil e esfaqueou taxista no pescoço após discussão em jogo de cartas (Foto: Divulgação/Polícia Militar do Acre)

Suspeito comprou faca em mercantil e esfaqueou taxista no pescoço após discussão em jogo de cartas (Foto: Divulgação/Polícia Militar do Acre)

A vida do taxista, de 41 anos, esfaqueado no pescoço após um jogo de baralho em 2016 nunca mais foi a mesma. Ele passou por cirurgias, ficou internado vários dias e atualmente tem dificuldades para respirar.

O idoso, de 63 anos, acusado do crime, foi condenado a mais de seis anos de prisão. Porém, a penalidade não deixou a vítima satisfeita.

A pedido, o G1 não vai divulgar o nome do taxista. A condenação foi publicada no Tribunal de Justiça do Acre (TJA-AC) nesta segunda-feira (16). A decisão é da 1ª Vara do Tribunal do Júri, que concedeu ao idoso o direito de apelar em liberdade.

O crime ocorreu em maio de 2016, próximo ao Mercado Elias Mansour, na Rua Sergipe, no Centro de Rio Branco. Testemunhas afirmaram que o taxista ameaçou dar um tapa no rosto do suspeito, que nesse momento saiu, comprou uma faca por R$ 7,25 em um mercantil, voltou ao local e efetuou o golpe.

“Não fiquei feliz. Estava lá e saiu quando o juiz deu a sentença em liberdade e ainda baixou de 13 anos para seis. Não fiquei satisfeito até porque estou com sequelas, não consigo trabalhar, nem respirar. Estou doente até hoje. Gastei tudo que tinha com o tratamento e ainda preciso fazer outra cirurgia. Preciso sair aqui do Acre para fazer isso”, reclamou.

O taxista relembrou que no dia do crime tinha discutido com outra pessoa. Ele afirmou também que não conhecia o idoso. Segundo a vítima, os médicos alertaram que ele pode ficar com um problema de saúde crônico se não passar por outra cirurgia.

“Fiquei indignado. Me senti mal porque não posso fazer nada. Estou arcando com tudo isso, já ele vai responder em liberdade, vai dormir em paz, andar. Eu não posso andar 10 metros que me agito e fico cansado para falar. Eu que estou na pior. A laringe ainda está aberta, a corda não funciona 100%, apenas 20%”, concluiu.