Cruzeiro do Sul, Acre, 19 de abril de 2024 18:25
Porto Acre (Acre) “Onde não tem estrada, não existe nada. Onde tem estrada, tem riqueza, tem fartura, tem progresso”, assim sintetiza o produtor rural Nilton Barrozo de Oliveira ao falar sobre as obras de pavimentação do ramal dos Paulistas, em Porto Acre. A obra está sendo executada pela empresa Bessa Construções e faz parte do programa Ramais do Povo, do Departamento de Estradas e Rodagens (Deracre). Nilton Barrozo, 51 anos, mora há 26 anos no ramal que dá acesso ao Projeto de Assentamento Tocantins e revela que viu muitos colegas e colonizadores do ramal morrerem a espera da chegada do progresso àquela região. “Catorze pessoas que começaram a povoar aqui a mais ou menos 30 anos morreram sonhando em ver essa obra acontecer. Um desses que morreram foi meu pai. Nós esperamos esse asfaltamento há anos. Ver isso acontecer hoje, para nós, é motivo de orgulho. Minha mãe com 78 anos vai alcançar a graça de ver isso, meu pai, infelizmente, não alcançou”, diz o agricultor. O produtor rural lamenta que o abandono de gestores públicos do passado tenha impedido o avanço daquela localidade. “Se cada um dos governantes que passaram tivesse feito um pouquinho a gente não estava a 26 anos esperando por isso”, observou Barrozo. O fim das cargas no lombo do boi Israel José da Silva é produtor rural e mora há 12 anos no ramal dos Paulistas. Ele descreveu como era a vida de quem morava no ramal. “A gente tinha como trafegar no tempo do verão. No tempo do inverno a gente não tinha como passar. Para escoar a produção tinha que ser no lombo do cavalo, do boi. A gente cansou de ver carro passar dois dias atolados aqui para poder sair. O pessoal do Tocantins passava por um sofrimento enorme porque esse ramal que dá acesso ao projeto de assentamento deles”, disse Silva. O produtor disse ainda que viu muitas famílias precisarem colocar os parentes em lombos de bois e cavalos para chegar a Vila do V em busca de atendimento de saúde. A libertação dos produtores “Ver chegar esse asfaltamento

Governo destina R$ 10 milhões para ações iniciais de recuperação de rodovias acreanas

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O governador Gladson Cameli liberou R$ 10 milhões para o Departamento de Estrada e Rodagens do Acre (Deracre) agilizar o conserto das máquinas que serão utilizadas na recuperação das rodovias estaduais do estado, as chamadas ACS, (AC-10, AC-40 e AC-90). O recurso vai ser utilizado ainda para aquisição do combustível das obras iniciais.

Para realizar os reparos, o órgão já começou os processos licitatórios para contratação de uma empresa privada, de manutenção das máquinas e também de venda das peças, para iniciar os trabalhos.

São cerca de 217 máquinas, com as quais serão realizados os primeiros trabalhos de recuperação das rodovias e ramais na zona rural do município de Rio Branco e também do interior do Estado.

“As obras figuram como ações prioritárias do governo acreano, já que além de melhorar a trafegabilidade e a vida das comunidades, vai resolver o problema da escoação da produção rural”, explica o diretor-geral do Deracre Ítalo Medeiros.

Para realizar os reparos dos veículos foram contratados provisoriamente, e, em caráter de urgência, cinco mecânicos, que darão celeridade aos trabalhos de consertos, já que a demora pode esbarrar nas condições climáticas, um entrave que obriga a celeridade do processo.

O diretor garantiu ainda que em até 120 dias os trâmites burocráticos serão finalizados. ” Há uma demora, porque precisamos cumprir às exigências burocráticas, já que elas são necessárias para que tudo funcione de forma ordenada e controlada. Em resumo, precisamos cumprir as leis”, ressalta.

Desde que assumiu o cargo de diretor do Deracre, líderes de várias comunidades se reuniram com Ítalo Medeiros, e ele vem se empenhando para atender as reivindicações.

“Estamos fazendo um tapa buracos emergencial na AC-40 – saída para Senador Guiomard. E também já fizemos na AC-405, que liga Cruzeiro do Sul a Mâncio Lima, posteriormente será nas outras”, destaca.

Da: Redação/Secom

Fotos: Deracre