Cruzeiro do Sul, Acre, 12 de maio de 2024 09:16

Gladson Cameli manda abrir auditoria na folha de pagamento do Estado

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Governador suspeita de irregularidades e diz que médicos fraudam a folha de ponto no sistema de saúde, “trabalhando uma hora e dizem que foi dez, 14 horas”. Governador diz que vai destravar a Saúde, nem que tenha que demitir todos os gestores da pasta

Em entrevista exclusiva ao jornalista Tião Maia, repórter do ContilNet no Acre e colaborador do Juruá Em Tempo em Rio Branco, o governador Gladson Cameli disse, em seu gabinete, na quarta-feira (29) à noite, que suspeita de irregularidades na folha de pagamento do Governo do Estado, que hoje está na casa dos R$ 230 milhões por mês. Segundo ele, a quantia envolve muito dinheiro e há possibilidades de alguém vir ganhando muito “sem fazer nada” e de haver até desvios.

Para ter certeza se há ou não irregularidade no setor, o governador disse ter mandado fazer uma auditória nas contas da folha de pagamento, através da Secretaria de Planejamento e Gestão Administrativa (Seplag). Um dos exemplos do que parece ser irregular, segundo o governador, é a folha de pagamento da Secretaria de Saúde, na ordem de R$ 30 milhões.

De acordo com Gladson Cameli, há irregularidades no ponto de médicos que atuam no sistema público de saúde. “Eles trabalham uma hora e dizem que trabalham dez e até 14 horas”, disse o governador. “Vamos auditar isso direitinho”.

Pela terceira vez em menos de dez dias, o governador voltou a falar em cartel na área da saúde e apontou médicos, enfermeiros, pessoal de apoio e fornecedores de medicamentos como os envolvidos neste boicote, crime que, aliás, o próprio governador comunicou à polícia, inclusive à Federal, e pediu seja aberta investigações.

Para Cameli, há, no setor de saúde do Acre, “uma cabeça de burro” enterrada e que ele vai destravar o setor, “doa a quem doer”. Disse que, se necessário, vai trocar todos os protagonistas da pasta, inclusive o secretário Alysson Bestene. “Tudo é possível”.

Gladson disse ter passado a desconfiar do cartel porque, segundo ele, os recursos que vão para a Saúde correspondem praticamente ao mesmo percentual que vai para a Educação. “Na Educação as coisas estão andando. Por que só essa cabeça de burro na Saúde?”,indagou.

 

fonte:Juruáemtempo