O Distrito Sanitário Especial Indígena do Alto Rio Juruá, realizou na manhã de hoje a 1ª Oficina de Planejamento e Monitoramento das ações em saúde com enfermeiros e médicos da regional. São 34 enfermeiros e 10 médicos que passam pela capacitação que visa discutir inúmeros assuntos, entre eles as ações de 2017 e as que serão realizadas em 2018, como explicou a coordenadora do DSEI Alto Juruá Milena Lopes
“Vamos abordar temas importantes como caracterização do território, elaboração de mapas vivos de saúde, o protagonismo do agente indígena de saúde dentro do território, a importância dele e de trazê-lo para dentro da equipe. O grande objetivo da saúde indígena é reduzir mortalidade materna infantil. Ainda continua sendo um desafio em território indígena. Esse é um dos indicadores que estamos trabalhando, e no final da oficina vamos sair com um relatório, um plano de ação para que possamos trabalhar em 2018 de forma mais efetiva e melhorar a saúde indígena lá na ponta, dentro das aldeias”, abordou a coordenadora.
Atualmente o Dsei Juruá compreende oito municípios, atendendo mais de 17 mil indígenas de 16 etnias diferentes. Uma das preocupações da unidade é relacionada a mortalidade infantil. A maioria dos casos são devido diarreia, infecção e baixo peso. O vice-presidente do Conselho de Saúde Indígena, o Condise, Levino Pequeno, da comunidade Katuquina, explicou que mesmo com toda estrutura de saúde oferecida aos indígenas, existem alguns pontos culturais que dificultam o combate a mortalidade infantil.
“Muitas das vezes as mães têm aqueles costumes que são passados de geração em geração, por exemplo algumas ainda não estudaram e não tem a noção de que um leite que não seja o materno pode provocar uma infecção antes dos seis meses, ela puxa mais a parte cultural”, relatou o vice-presidente do conselho indígena.
O treinamento para os profissionais da saúde acontecerá até sábado no auditório do CR-BIS.
fonte:Juruáonline
