Durante visita ao Hospital do Câncer do Acre (Unacon), na manhã desta quarta-feira (2), a deputada estadual Eliane Sinhasique (MDB) encontrou um verdadeiro caos no atendimento, falta de medicamentos e obra de reforma e ampliação paralisada.
“O Unacon está hoje a verdadeira sucursal do inferno. Lotado de gente. Faltavam 9 medicamentos. Na recepção não tem refrigeração porque se ligar o ar-condicionado, o sistema de computação cai”.
Além disso, a parlamentar destaca que a falta de medicamentos quimioterápicos atrapalha no tratamento da pessoa com câncer e relata que as cadeiras do setor são insuficientes. “No setor de quimioterapia, temos 12 cadeiras apenas para atender as pessoas que fazem tratamento”.
Outro problema que agrava a saúde dos pacientes é a demora para iniciar o tratamento. “Após o diagnóstico, tem paciente que espera 6 meses para dar início ao tratamento, sendo que era para começar, em no máximo, 30 dias”.
O Unacon passa por duas reformas. “A obra da parte da frente de emergência e quimioterapia está paralisada desde novembro do ano passado. E a ala onde vai ser instalada o equipamento de radiografia está caminhando a passos de jabuti. Isso é desumano”, lamentou a parlamentar.
Segundo Eliane, a gestão empurra as falhas para o Governo Federal. “É aquele jogo de empurra empurra. Os outros sempre são os culpados pela ineficiência na saúde pública”.
Os pacientes estão madrugando no Hospital para conseguir atendimento. “Encontrei pessoas que chegaram hoje às 5h para poder pegar uma ficha, para poder marcar retorno, para poder marcar uma consulta”.
A parlamentar expõe que a incidência de Câncer no Estado é muito alta e defende que a Secretaria de Saúde do Estado, a Universidade Federal do Acre, façam pesquisas para identificar as causas.
“Conversando com a diretora do Hospital do Câncer, Mirza Félix, soube que todas as semanas de 13 a 15 pessoas são diagnosticadas com câncer no Estado do Acre. Eu fico muito triste porque é preciso identificar as causas do câncer nos acreanos, pois o número de casos é muito grande. A maior incidência é de câncer no Estômago”.
