Cruzeiro do Sul, Acre, 29 de março de 2024 02:55

Deputada Eliane Sinhasique denuncia irregularidades em planilhas de empresas de transporte público

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A deputada Eliane Sinhasique (MDB) afirmou durante a sessão desta terça-feira (15), que o transporte público do Estado se encontra em total situação de irregularidade. Dentre os problemas relatados, a parlamentar enumerou os dados falsos que são colocados nas planilhas feitas pelas empresas do ramo, incluindo o valor do diesel e o não recolhimento de tributos.

“Quero dizer a vocês usuários de ônibus que o transporte público desta cidade está recheado de ilegalidade há muitos anos. Desde que eu era vereadora tenho feito inúmeros questionamentos, mas, no entanto, nossa voz não é ouvida. Vemos planilhas de custos com dados falsos, colocam o preço do diesel comprado na bomba, quando sabemos que compram diretamente da Petrobras com valores muito abaixo do que é cobrado no mercado”, denunciou.

A deputada afirmou ainda que desde a gestão do ex-prefeito Raimundo Angelim, até o presente momento, os proprietários das empresas de transporte público que atuam no Estado não recolhem o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). Disse também que a prefeitura da capital dá mais importância ao caminhão que recolhe o lixo do que ao ônibus que transporta pessoas.

“Desde a gestão de Angelim eles não recolhem ISS. São várias as ilegalidades nesse ramo. Os contratos dizem que os ônibus podem ter até 10 anos de uso para que trafeguem nas ruas, e essa mesma lei exige no máximo cinco anos de uso para caminhões que transportam lixo. Eles dão prioridade ao lixo. Isso me revolta! E ainda reclamam quando o povo decide optar por outro meio de transporte. Oferecem um serviço de péssima qualidade, mas querem obrigar o povo a utilizá-lo”, destacou.

A parlamentar falou também sobre a instalação de Free Shops nas cidades que fazem fronteira com outros países. Com essa iniciativa, estima-se aquecer o comércio local com a venda de produtos que obterão isenção de impostos. Ela disse ser contra a iniciativa, pois acredita que ninguém virá ao Acre, que possui um dos valores de passagem aérea mais altos do país, para fazer compras.

“Os pequenos comércios existentes nas fronteiras serão quebrados. A Receita Federal não tem estrutura para fazer o alfandegamento desses produtos que querem vender. Quem vai pagar a passagem mais cara do Brasil para vir fazer compra, quando temos 26 outras cidades aptas a operarem com Free Shops? É preciso que se fale a verdade e se encare as coisas de frente. Turismo de compra no Acre não vai acontecer. Precisamos olhar para outras alternativas de produção, emprego e renda. Free Shop no Acre é engodo, não tem nenhuma praticidade” finalizou.