Cruzeiro do Sul, Acre, 26 de abril de 2024 16:43

Criminosos que desligaram padrão de energia para realizar execução pegam mais de 70 anos de prisão

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O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por intermédio da 1ª Promotoria Criminal de Cruzeiro do Sul, conseguiu a condenação de dois homens em julgamento pelo Tribunal do Júri, realizado na semana passada. Joaquim Carlos Vasconcelos e Sávio Oliveira Gomes são acusados pela morte de duas pessoas.

O crime aconteceu em fevereiro de 2017 e gerou comoção na cidade face às circunstâncias do duplo homicídio, uma vez que os criminosos desligaram o padrão de energia da residência de uma das vítimas.

O julgamento dos acusados durou mais de 12 horas. Apesar de negarem as acusações desde o dia em que foram presos, em 24 de março de 2107, o Conselho de Sentença, formado pelos jurados, decidiu pela condenação.

As penas

Joaquim Vasconcelos foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado duplamente qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima, corrupção de menores – por ter o envolvimento de um menor no momento dos crimes – e por integrar organização criminosa. Por esses crimes, ele foi sentenciado a 26 anos e 1 mês de reclusão em regime fechado.

Segundo o promotor que atuou no caso, Júlio César de Medeiros, o inquérito policial apurou que Joaquim Vasconcelos teria dado ordens para matar a primeira vítima, Mauri Silva, devido à rivalidade entre facções criminosas, mas não foi comprovado que ele tinha o dolo de ordenar o homicídio de Antônio Lucas, o qual foi executado no local como “queima de arquivo”.

Já o segundo acusado foi sentenciado a 44 anos e 10 meses de prisão. De acordo com o promotor, Sávio Gomes teria executado os dois jovens a tiros e, por isso, foi condenado por duplo homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa das vítimas e também pelos crimes de corrupção de menor e por promover organização criminosa.

“Trata-se de um crime de mando no qual, apesar da ausência de testemunhais presenciais, a sustentação do Ministério Público foi totalmente acolhida e fundamentou-se em indícios de provas corroborados harmonicamente por imagens de câmeras de vídeo, relatório técnico policial e colaboração premiada. Importante destacar que, durante o transcorrer desse processo, este caso contou com a atuação de pelo menos seis promotores, sendo que todos colaboraram para esse deslinde final, vez que o caso demandou considerável complexidade”, explicou o promotor.

O crime

Os primos Mauri Lima da Silva, de 29 anos, e Antônio Lucas de Souza, foram executados a tiros na casa de Mauri, no Bairro da Lagoa, no dia 28 de fevereiro de 2017. De acordo com o Ministério Público, os autores chegaram em frente a residência e desligaram o padrão de energia.

Quando Mauri Silva foi verificar o que havia ocorrido, foi surpreendido com 05 disparos de arma de fogo. O primo dele, que não era integrante de facção criminosa, teria presenciado o crime e também foi executado como ‘queima de arquivo’, por ter reconhecido os assassinos no local do crime.

Agência de Notícias do MPAC com informações da 1ª Promotoria Criminal de Cruzeiro do Sul