Cruzeiro do Sul, Acre, 28 de março de 2024 19:02
Lava from Mayon volcano is seen as it erupts in Legazpi on January 15, 2018. The Philippines raised the alert level for the country's most active volcano twice in 24 hours on January 14, meaning that a hazardous eruption is possible within days. / AFP PHOTO / CHARISM SAYAT

Ameaça de grande erupção faz Filipinas emitirem alerta máximo

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Vulcão Mayon soltou nuvens de cinza durante o final de semana forçando mais de 12 mil pessoas a deixarem a região

A agência sismológica das Filipinas (PHIVOLCS) elevou nesta segunda-feira para “crítico” o nível de alerta perante a possibilidade de o vulcão Mayon, situado ao leste do arquipélago e a cerca de 350 quilômetros de Manila, expelir rios de lava sobre populações e campos.

Mayon teve uma primeira erupção na tarde de sábado, o que causou uma chuva de cinzas. Outras duas ocorreram depois, o que provocou 158 desprendimentos de rochas e a evacuação de mais de mil pessoas em um raio de seis quilômetros.

Hoje, o raio foi ampliado para 7 quilômetros, e o número de evacuados subiu para 12.044 pessoas, informou à Agência Efe a porta-voz do Escritório de Defesa Civil da província de Bicol, Rachel Ann Miranda.

“Tudo indica que vai haver uma erupção mais forte, por isso nos preparamos para diferentes cenários”, assegurou a porta-voz, após confirmar que já não restam civis na área de perigo.

A grande erupção pode ocorrer de forma iminente mas também pode demorar semanas. Por isso as autoridades locais buscam modos de facilitar uma “evacuação a longo prazo” dos residentes hospedados em refúgios temporários ou centros escolares, indicou Miranda.

O próximo passo, assegurou, será retirar os animais da zona de perigo para que os residentes não tenham que retornar às aldeias para resgatá-los.

Segundo o último comunicado da PHIVOLCS, o vulcão “mostra uma relativa alta instabilidade e tem magma na cratera, sendo assim é possível que ocorra uma erupção perigosa em questão de semanas ou inclusive dias”.

Além de decretar a evacuação de pessoas e animais da zona de perigo, as autoridades restringiram o voo de aviões nas imediações.

A atividade do Mayon foi notada por causa de fortes estrondos e um intenso cheiro de ácido sulfúrico, segundo os testemunhos oferecidos à imprensa pelos residentes das localidades divisórias.

A erupção mais potente na história das Filipinas — e a segunda maior do mundo no século XX — foi a do Pinatubo, em junho de 1991, que deixou cerca de 850 mortos e mais de um milhão de afetados, além de gerar uma capa global de ácido sulfúrico, que causou danos na atmosfera.

O arquipélago filipino, onde há 23 vulcões ativos, está localizado sobre uma zona de intensa atividade sísmica inscrita dentro do chamado Anel de Fogo do Pacífico, que se estende desde a costa oeste do continente americano até a Nova Zelândia, passando pelo Japão, Filipinas e Indonésia