Cruzeiro do Sul, Acre, 21 de novembro de 2024 03:58

Prefeitura de Rio Branco realiza 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres.

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Buscando conscientizar a sociedade acerca do fim da violência contra as mulheres, a Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), lançou nesta terça-feira (19), na Praça da Revolução, a campanha que pretende realizar 21 dias de ativismo pretendendo reforçar a importância do debate.

Wellington: “É a união de esforços” (Foto: Marcos Araújo/Assecom)

Através dessa iniciativa, o Município estará reforçando o trabalho contínuo de busca ativa com mulheres e meninas para alertar sobre os canais de denúncia e combater a prática dessa violência que é responsabilidade de todos.

Segundo o secretário da SASDH, Wellington Chaves, a gestão tem desenvolvido ações por meio de suas secretarias, ou seja, o trabalho é realizado de modo transversal para poder atender o público alvo.

Maria:  “As ações vêm fortalecer a rede” (Foto: Marcos Araújo/Assecom)

“É um assunto muito difícil de se tratar, porque essa violência precisa cessar. Então, é a união de esforços e tudo aquilo que vem para somar e ajudar na diminuição dessas ações que tanto prejudica as pessoas e suas famílias”, frisou o secretário.

Para a aposentada Maria Conceição, essas ações vêm fortalecer a rede e mostrar para as mulheres que elas podem se sentir seguras para realizar a denúncia.

“Eu acho ações como essa muito importante, principalmente para nós mulheres ficarmos mais informadas. Faço parte do grupo da academia da Unidade de Saúde da Família (USF) Luiz Gonzaga de Lima e lá eles também sempre buscam ser uma rede de apoio”

Rila: “O índice de denúncia aumentou” (Foto: Marcos Araújo/Assecom)

A diretora de Direitos Humanos da SASDH, Rila Freze, enfatizou que atualmente, muitos são os canais de denúncia disponíveis, sendo eles: delegacias, unidades de atendimento de saúde, Casa Rosa Mulher, Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), bem como o disque 100 (Direitos Humanos), o disque 180 (Central de Atendimento à Mulher) e o disque 190 (Polícia Militar).

Rubby: “Todas as redes devem estar integradas” (Foto: Marcos Araújo/Assecom)

“O índice de denúncia aumentou porque a conscientização está realmente acontecendo, ou seja, o número de violência não aumentou, ele já acontecia, mas o que aumentou foi o número de denúncias. Por isso, a importância da denúncia porque vamos cuidar dessa vítima com toda rede de proteção que não se limita apenas a assistência, mas também a todo auxílio na recuperação de sua saúde mental”, informou Rila.

De acordo com Rubby Rodrigues, assessora técnica no Observatório de Violência de Gênero do Ministério Público do Acre (MPAC), todas as redes devem estar integradas, para poderem atuar na raiz do problema. Segundo a assessora, a violência contra a mulher é algo cultural e campanhas de conscientização como essa vem como mais um mecanismo de tentar vencer essa realidade.

“A gente tem dados que 86% das mulheres que sofrem com violência doméstica e são vítimas de feminicídio são mulheres negras e pardas. Temos vários outros dados dentro do nosso feminicidômetro, que é uma ferramenta usada dentro do Observatório de Gênero e que trabalha nessa questão das políticas e de onde parte as violências”.