Cruzeiro do Sul, Acre, 21 de novembro de 2024 05:12
Foto Reprodução

Morre Flaviano Melo, o maior político da história do Acre

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Morreu nesta quarta-feira (20), no hospital Albert Einstein, onde estava internado desde o dia 9 deste mês.

O presidente do MDB no Acre tratava de um quadro de pneumonia desde o dia 6 de novembro, quando foi transferido para a capital paulista. Na última terça-feira (12), ele também passou por um cateterismo. A infecção era considerada sob controle, mas não foi totalmente combatida.

Nesta quarta-feira, os aparelhos foram desligados. Flaviano Melo faleceu.

A história de Flaviano

Formado em Engenharia civil pela Faculdade de Engenharia Civil de Barra do Piraí, atual UGB, e pela Universidade do Estado da Guanabara, Flaviano trabalhou na construção da Ponte Rio-Niterói entre 1973 e 1974 e na construtora Mendes Júnior entre 1975 e 1983.

Ingressou na vida política em 1969, filiando-se ao MDB e, em 1980, com a abertura política, ao PMDB.

Seu primeiro cargo público foi o de prefeito de Rio Branco (1983-1986), por nomeação do governador Nabor Júnior, a quem sucedeu após a vitória nas eleições de 1986.

Em 1990 foi eleito senador. Em 1994 disputou mais uma vez o governo do Acre, mas foi derrotado por Orleir Cameli. Sofreu nova derrota quando tentou se reeleger ao Senado em 1998, sendo vencido, desta vez, pelo petista Tião Viana.

Em 2000 elege-se prefeito de Rio Branco em primeiro turno. Todavia, renunciou ao cargo em 2002 para disputar o governo do estado novamente. Acabou vencido pelo candidato à reeleição, Jorge Viana. No pleito de 2006 foi eleito deputado federal e, em 2010 e 2014, foi reeleito. Nesta última obteve 18.372 votos, sendo o sétimo mais votado entre os 8 eleitos de seu estado para a 55.ª legislatura.

Em abril de 2017 votou a favor da Reforma Trabalhista. Em agosto do mesmo ano, votou a favor do presidente Michel Temer, no processo em que se pedia abertura de investigação, e que poderia lhe afastar da presidência da República.

Em 2022 foi candidato à reeleição de deputado federal. Não conseguiu se reeleger, mas continuou a comandar o MDB do Acre, mesmo sem mandato, por seu enorme prestígio com a direção nacional do partido.

Como governador carrega como marca a construção civil, o saneamento e a infraestrutura. Os principais conjuntos habitacionais da capital foram todos construídos em seu governo.