Ele saiu do cargo de líder de Gladson na Aleac, mas permanece firme e certeiro em suas defesas como se fosse um. O discurso de Pedro Longo (PDT-AC) na última quarta-feira (11) foi um tapa de luvas em muita gente, desde os que permeiam o campo da oposição — que usam de investigações da justiça para criar narrativas — até aqueles deputados da base que, convenhamos, não agregam muita coisa.
Ao lembrar de investigações sofridas por governos passados, Pedro Longo não precisou atacar ninguém. Até porque sua contribuição não vem de hoje. Apenas lembrou aos desavisados que já fizeram parte do poder que desse pesadelo já vieram, com operações policiais que tiraram até vidas, “provavelmente em função do sofrimento” causado — palavras de Longo.
Enquanto grande parte dos deputados usou o parlamento para encher linguiça, com pronunciamentos que poderiam facilmente ser um simples post de Instagram — daqueles com zero engajamento, o deputado Edvaldo Magalhães (FEBRASIL-AC) seria o epicentro da sessão, com a dramatizada leitura da peça de desmembramento da Operação Ptolomeu. Não contava com a astúcia de Longo. Poderia ter sido pior. Edvaldo ainda ganhou um elogio dos bons: “Daria um ótimo promotor de justiça e até mesmo um delegado de polícia”.
Com sua inteligência, habilidade, e até suas tiradas bem humoradas, Pedro Longo é a sobrevida de Gladson Cameli na Aleac.