A declarada guerra entre as facções traz impacto direto na vida daqueles que não tem envolvimento algum com os grupos criminosos que agem no Acre.
No início da noite desta terça-feira, 29, a facção criminosa PCC fez circular nas redes sociais um comunicado conhecido como “salve” em que afirmam que a partir das 21h haverá toque de recolher.
O suposto comunicado não foi confirmado pelas autoridades policiais, mas alguns moradores de áreas periféricas de Rio Branco e que estudam em faculdades no período noturno preferiram não arriscar e não foram às instituições de ensino.
A reportagem do Notícias da Horas conversou com um professor de uma instituição de ensino superior localizada no Bairro da Paz que afirmou que pelo menos oito estudantes do curso que ele ministra faltaram aula.
“Pode ser coincidência, mas hoje oito alunos meus faltaram a aula. Eles moram em bairros dominados pelas facções e quando cheguei na faculdade é que fiquei sabendo desse suposto ‘salve'”, comentou o professor.
No suposto”salve” os faccionados avisam que não é para ficar ‘moscando’ na rua para não virar estatística.
Em nota, o governo informou que diuturnamente, as Forças de Segurança do Estado trabalham, subsidiadas por seus órgãos de inteligência, no sentido de prevenir e reprimir atos provenientes de organizações criminosas e de demais tipos de delitos.
“Nesse sentido, a PMAC concentra suas ações nas áreas críticas, de maior tendência criminal, com a distribuição de policiamento, ordenada de acordo com as estatísticas criminais. No mesmo diapasão, a Polícia Civil vem desencadeando suas operações policiais nos locais em que a análise criminal aponte o crescimento da violência. No âmbito do ambiente prisional, os Núcleos de Inteligência da Polícia Penal vêm intensificando o trabalho de fiscalização nos presídios e, juntamente com as demais forças, realizando o acompanhamento daqueles que se encontram em regimes prisionais mais brandos”.
A nota oficial completa: “Dessa forma, o Governo do Estado tranquiliza a população, descartando qualquer hipótese de “toque de recolher”, no âmbito do território acreano”.