Cruzeiro do Sul, Acre, 8 de fevereiro de 2025 04:01

Servidores da saúde estadual deflagram greve por tempo indeterminado no Acre

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Os servidores da saúde do estado do Acre anunciaram nesta segunda-feira (07), que iniciarão uma greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (08). A ação ocorrerá em frente a maternidade Bárbara Heliodora, no Centro de Rio Branco, a partir das 7:30 da manhã.

“É a partir de amanhã que toda a saúde do Acre a nível estadual vai parar, foram quase quatro anos, mais de três anos de luta, de bom senso, tentando melhorias pra saúde dos trabalhadores, infelizmente o governo não cumpriu nada do que ele falou e assinou com os sindicatos, por isso amanhã a gente vai cruzar os braços”, disse o Adailton Cruz, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sintesac).

As principais reivindicações da greve são: reformulação no Plano de Cargos Carreiras e Remunerações (PCCR); a falta de concursos públicos, etapa de alimentação; reposição das perdas dos dois exercícios de 2020 e 2021 e continuidade do pagamento do auxílio-Covid-19.

“Ele [governador] não cumpriu mesmo tendo assinado e tendo falado isso publicamente, a data que foi defendida foi no dia 15 de fevereiro, e nós já estamos em março e nada”, acrescentou Adailton.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Acre (Seeac), Iuonara Cavalcante,  a greve ocorrerá em frente à maternidade Bárbara Heliodora, em alusão ao dia 8 de março, dia Internacional da Mulher.

“Conformidade com o movimento que tá acontecendo nacionalmente , a gente vai fazer o manifesto em relação a PL 2564, que é o que nos traz um piso salarial. A saúde é composta de muitas mulheres, e a  enfermagem é composta por 80% de mulheres, e a gente vai aproveitar essa paralisação. Já está todo mundo cansado, e as nossas negociações são sempre falidas, são tentativas, nós já esgotamos todas as possibilidades de qualquer negociação”, explicou Iuonara.

O presidente do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC), Guilherme Pulici, explica como irá funcionar as unidades de saúde, devido a greve.

“Nós vamos organizar os serviços essenciais adiáveis e os não adiáveis. Então, basicamente os serviços de Urgência e Terapia Intensiva serão poucos afetados, e o serviços ambulatoriais serão os mais comprometidos na verdade. Os serviços de atendimentos especializados na Fundação, os ambulatórios que são praticados em UPA  e Pronto Socorro, podem ter um certo déficit no atendimento. Mas o atendimento a covid-19 vai ser preservado”, disse Pulici.