Cruzeiro do Sul, Acre, 31 de janeiro de 2025 12:57

Suíça proíbe que rosto seja completamente coberto em lugares públicos; decisão polêmica também vale para uso de burca

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Os suíços aprovaram com uma pequena maioria neste domingo (7) a proibição de esconder o rosto com o véu integral islâmico – a burca – em lugares públicos, um sinal contra o Islã radical de acordo com os defensores do projeto, uma iniciativa xenófoba e sexista para os críticos da iniciativa. Manifestantes encapuzados em manifestações também serão proibidos.

O texto do projeto de lei, proposto inicialmente pelo partido populista de direita UDC, obteve 51,21% dos votos e a maioria dos votos dos representantes dos cantões suíços, de acordo com os resultados oficiais divulgados pelo governo federal.

Membros de distrito eleitoral da Suíça fazem contagem de votos de referendo contra uso de burca e outros tipos de coberturas faciais — Foto: Arnd Wiegmann/Reuters

Membros de distrito eleitoral da Suíça fazem contagem de votos de referendo contra uso de burca e outros tipos de coberturas faciais — Foto: Arnd Wiegmann/Reuters

A iniciativa também foi apoiada por feministas e parte dos eleitores da esquerda laica.

“Estamos muito satisfeitos. Não queremos que haja um Islã radical em nosso país”, disse o vice-presidente da Suíça, Marco Chiesa, no canal Blick.tv.

O texto não faz referência direta à “burca” – um longo tecido que cobre as mulheres da cabeça aos pés, com uma fenda de malha na altura dos olhos – ou ao “niqab”, véu que cobre completamente o corpo e o rosto, com exceção dos olhos, mas o cartazes de campanha não deixaram dúvidas sobre o propósito do referendo.

Ao votar contra o uso do véu completo na esfera pública, a Suíça se junta à França, Áustria, Bulgária, Bélgica e Dinamarca, após anos de debate em torno dessa questão polêmica, onde não existe consenso.

A partir de agora será proibido cobrir completamente o rosto em público na Suíça – o que também se aplica a manifestantes encapuzados – mas há exceções para locais de culto, por exemplo.