Recém chegado de Rio Branco, Francisco Santiago, de 49 anos, estava desempregado e não conseguia se manter em Cruzeiro do Sul com a venda ambulante. A falta de emprego e de oportunidades trouxe uma ideia. Andando pelas ruas do Centro ele notou a necessidade dos motociclistas, e decidiu começar a trabalhar como flanelinha, algo que até então não era visto no município.
Seu equipamento de trabalho são pedaços de papelão, com os quais ele cobre a cela das motos enquanto estão estacionadas, para não aquecer com o calor do sol, oferecendo mais conforto para os proprietários.
“Foi essa a única solução que encontrei para me sustentar. Via em Rio Branco pessoas trabalhando assim, e decidi fazer também. Assim que cheguei em Cruzeiro comecei a vender algumas coisas como ambulante, mas não deu certo. Agora estou conseguindo pagar meu aluguel e comprar minha comida”, contou o homem.
Além de cobrir as motocicletas, o homem ainda faz o serviço de vigiar os capacetes e e algum material que o cliente deixe na moto.
“É uma forma de ajudar alguém que está precisando. Ele cobriu a moto, quando eu cheguei não estava tão quente. As pessoas tem que procurar ajudar, pois quem trabalha honestamente merece um olhar atento da sociedade”, enfatizou o cliente.
fonte:Juruáonline